AFINAL, O QUE É O HPV?
O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de mais de 200 vírus que afetam exclusivamente os seres humanos. A infecção por HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comuns no mundo.
O vírus se transmite por meio do contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente durante relações sexuais, podendo ser transmitido mesmo sem a presença de sintomas visíveis. Em muitos casos, as pessoas infectadas com HPV não apresentam sintomas, o que torna a infecção ainda mais difícil de identificar e controlar.
O HPV é altamente específico da espécie humana, ou seja, ele só afeta os humanos. Além disso, o vírus tem a capacidade de provocar lesões nas mucosas e na pele, que podem evoluir para problemas mais graves, como cânceres em diversas partes do corpo, incluindo o colo do útero, a vulva, a vagina, o pênis, a região anal e até a orofaringe.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE HPV?
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, e eles podem causar uma variedade de condições de saúde. Esses tipos de HPV são classificados em dois grupos principais:
- HPVs de baixo risco: Causam lesões benignas, como verrugas genitais.
- HPVs de alto risco: Estão relacionados ao desenvolvimento de cânceres, como o câncer de colo de útero e cânceres anais, vulvares e vaginais.
Entre os tipos mais comuns de HPV, destacam-se o HPV 16 e o HPV 18, ambos associados a um risco elevado para o câncer cervical (câncer de colo de útero), sendo responsáveis por aproximadamente 70% dos casos dessa doença. Além disso, estudos mostram que ao menos 14 tipos de HPV podem estar envolvidos no desenvolvimento de cânceres.
TEM DÚVIDAS SOBRE O HPV?
A Dra. Joyce Rinoldi é ginecologista e obstetra, especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças ginecológicas, incluindo infecções pelo HPV. Ao visitar o consultório da Dra. Joyce, você será submetida a uma avaliação completa, que inclui anamnese detalhada para identificar fatores de risco, exame físico e, quando necessário, exames complementares para diagnosticar a infecção por HPV.
Além disso, na consulta é possível realizar o exame de preventivo (ou Papanicolau) através do método convencional ou em meio líquido, realizar pesquisa do DNA-HPV e, quando indicado, a colposcopia com biópsia para avaliar as lesões e realizar o diagnóstico preciso.
Se você precisa de uma avaliação, realização de algum destes exames ou colocar a sua rotina ginecológica em dia, agende sua consulta!
Formada pela Universidade do Vale do Sapucaí em Pouso Alegre – MG, realizou sua residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Instituto Materno-Infantil (Hospital Vila da Serra) em Nova Lima-MG e possui o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo, a Dra. Joyce está a disposição para te receber e cuidar com um atendimento integral à saúde feminina.
COMO OCORRE A INFECÇÃO?
A infecção pelo HPV acontece principalmente através de contato direto com a pele ou mucosa infectada.
O vírus pode ser transmitido por qualquer forma de contato sexual, seja vaginal, anal ou oral, independentemente da presença de sintomas visíveis. Muitas pessoas com HPV não sabem que estão infectadas, o que aumenta o risco de transmissão para outras pessoas sem querer.
A infecção também pode ocorrer sem que haja penetração, apenas com o contato da pele infectada.
QUAIS OS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO?
O principal fator de risco para a infecção por HPV é a atividade sexual, especialmente quando a pessoa tem múltiplos parceiros sexuais. Outros fatores que aumentam o risco de infecção incluem:
- Quanto maior o número de parcerias sexuais, maior o risco de infecção
- Ter relações sexuais com novos parceiros, especialmente se o parceiro não tiver histórico de exames regulares de saúde.
- O uso de preservativos (camisinha) pode reduzir o risco de infecção, mas não elimina totalmente a possibilidade de transmissão, pois o HPV pode ser transmitido por áreas da pele que não são cobertas pelo preservativo.
- A vacinação contra o HPV, especialmente se realizada antes do início da vida sexual, tem mostrado uma redução significativa na prevalência da infecção e é uma importante estratégia de prevenção.
QUAIS DOENÇAS SE RELACIONAM COM O HPV?
O HPV pode afetar diversas partes do corpo, mas as áreas mais comuns de infecção incluem:
- Vulva
- Vagina
- Colo do útero
- Períneo
- Ânus e canal anal
- Pênis e bolsa escrotal
- Orofaringe (boca e garganta)
As doenças associadas ao HPV incluem:
- Verrugas genitais (condiloma acuminatum): são verrugas benignas localizadas na região anogenital – em 90% dos casos são causadas pelo HPV 6 e 11
- Lesões intraepiteliais escamosas e/ou carcinomas O HPV de alto risco, como os tipos 16 e 18, pode causar alterações celulares que evoluem para câncer, especialmente no colo do útero, vulva, vagina, ânus e pênis.
- Carcinoma de células da orofaringe – geralmente HPV 16, mas também HPV 6 e 11. Este tipo de câncer afeta a região da garganta, boca e amígdalas.
- Outros casos: verrugas não genitais, papilomatose respiratória recorrente, doença de Bowen, epidermodisplasia verruciforme.
Dentre as principais lesões cancerígenas na mulher, temos:
- Câncer de colo de útero: é o 4º câncer mais comum entre as mulheres no mundo e 99% dos casos são causados pelo vírus HPV, em sua maioria pelos subtipos 16 e 18. Foram classificados 15 subtipos de HPV como de alto risco para o câncer cervical, eles são 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82.
- Câncer de vulva e vagina: menos comum que o cervical. Nem todos os casos são causados pela infecção pelo vírus HPV. Os HPVs 16 e 18 correspondem a 35 – 77% dos cânceres vulvares e 60% dos cânceres vaginais.
- Câncer anal: quase 90% dos casos de cânceres anais e lesões pré-cancerosas, são causadas pelo hPV 16 e 18. Possui uma incidência maior nas mulheres, embora a incidência também seja alta em homens que fazem sexo com homens.
QUAIS OS SINTOMAS ASSOCIADOS À INFECÇÃO PELO HPV?
A infecção pode ocorrer de duas formas:
- Forma subclínica, isto é, sem sinais ou sintomas.
- Forma clínica com a presença de verrugas com aspecto de “couve-flor” ou lesões na pele e mucosa. Essas lesões podem ser acompanhadas de sintomas como coceira e irritação local. Se você notar qualquer alteração na região genital, anal ou em outras áreas, procure um ginecologista para avaliação.
COMO É FEITA A PESQUISA DA INFECÇÃO PELO HPV?
- Exame físico: O médico pode identificar lesões visíveis a olho nu durante o exame clínico.
- Colpocitologia oncótica: o mais conhecido e realizado, chamado também de Papanicolau ou “exame preventivo”. É um exame com indicação de coleta regular e periódica, em mulheres sexualmente ativas. Ele busca através da coleta de material do colo do útero, identificar lesões ou alterações que indiquem infecção pelo vírus HPV.
- O Papanicolau é um exame muito importante para o diagnóstico precoce de alterações, possibilitando tratamento adequado e reduzindo a mortalidade pelo câncer de colo de útero.
- Ele é indolor, simples e rápido. Mas pode causar um desconforto leve que é reduzido com o relaxamento da mulher.
- Para evitar um resultado incorreto, é recomendado que a mulher evite relações sexuais nos 2 dias anteriores ao exame e evite o uso de duchas ou medicamentos vaginais. Outro fator importante, é evitar sua coleta durante o período menstrual porque a presença do sangue pode dificultar a sua análise laboratorial.
- É importante ressaltar que pode ser coletado durante a gestação, sem causar prejuízo ao bebê.
- Pesquisa de DNA-HPV: Testes moleculares podem identificar a presença do vírus em uma amostra coletada do colo do útero. Está com proposta de incorporação no Brasil, para se tornar o primeiro exame a ser realizado.
- Colposcopia: Um exame que permite visualizar as lesões no colo do útero com maior clareza, podendo ser realizado se houver alterações no Papanicolau.
- Anatomopatológico: Em casos de lesões suspeitas, a biópsia pode ser realizada para confirmar a presença de alterações celulares e a necessidade de tratamento.
A INFECÇÃO PELO HPV TEM CURA?
Infelizmente, não existe um tratamento que cure a infecção pelo HPV. Contudo, as lesões causadas pelo vírus, como as verrugas genitais e as alterações cervicais, podem ser tratadas. O tratamento depende do tipo de lesão e da sua gravidade, podendo envolver medicamentos, crioterapia, cirurgia ou outros procedimentos médicos.
COMO PREVENIR A INFECÇÃO?
A realização da vacina e o uso adequado de preservativos são os principais métodos para prevenção.
Atualmente existe a vacina papilomavírus humano 9 (nonavalente):
- A vacina ajuda a proteger contra alguns tipos de HPV: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58.
- O momento ideal para realizar a vacinação é antes do início da vida sexual. Porém, ainda vemos benefícios significativos para pacientes que realizam a vacinação após.
Além disso, o uso adequado de preservativos diminui o risco de infecção e a realização do exame “preventivo” ou Papanicolau regularmente, faz com que ocorra um diagnóstico precoce e tratamento adequado das lesões precursoras do câncer de colo de útero.
Se você tem dúvidas sobre a infecção por HPV, ou se deseja realizar os exames preventivos, agende sua consulta com a Dra. Joyce Rinoldi. Ela estará à disposição para orientá-la sobre os cuidados com a saúde feminina e para responder a todas as suas questões sobre o HPV.