Dra. Joyce Rinoldi

Você já ouviu falar sobre métodos contraceptivos de longa ação (LARCs)? Eles são soluções contraceptivas seguras, eficazes e de longa duração, que oferecem a liberdade para que você possa planejar sua vida sem a preocupação diária com a contracepção. Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o DIU (dispositivo intrauterino) e o implante subdérmico, dois dos principais métodos de LARCs.

O QUE SÃO LARCs?

Os LARCs, ou Métodos Contraceptivos de Longa Ação Reversível, são métodos que oferecem proteção contra a gravidez por períodos longos, podendo durar de 3 a até 10 anos, dependendo do método escolhido. O grande benefício desses métodos é que, uma vez inseridos, você não precisa se preocupar em tomá-los ou aplicá-los regularmente, o que proporciona mais conveniência e segurança. O DIU e o implante subdérmico contraceptivo são exemplos desses métodos.

O EMPODERAMENTO FEMININO E A CONTRACEPÇÃO:

O acesso a métodos contraceptivos deu à mulher o poder de planejar sua reprodução e assumir o controle sobre sua saúde reprodutiva. Com a liberdade de escolher quando ter filhos, as mulheres ganham autonomia para focar em suas carreiras, estudos e objetivos pessoais, sem a preocupação constante de uma gravidez não planejada.

No Brasil, mais de 55% das gestações não são planejadas, o que configura um desafio para a saúde pública. A gravidez não planejada pode afetar não apenas a saúde da mãe e do bebê, mas também causar repercussões sociais e econômicas significativas. Dentre os impactos mais comuns, podemos citar:

  1. Uso contínuo de substâncias prejudiciais, como álcool e tabaco, durante a gravidez.
  2. Início tardio do pré-natal, comprometendo o acompanhamento adequado da gestação.
  3. Aumento dos índices de prematuridade e aborto.
  4. Interrupção do aleitamento materno, o que pode afetar o desenvolvimento do bebê.
  5. Impactos psicológicos, como depressão e até suicídio.

Desta forma, podemos perceber o valor de uma orientação contraceptiva adequada e a decisão compartilhada entre o profissional da saúde e a paciente, de forma individualizada, podendo reduzir as taxas de gestações não planejadas e suas complicações. Além disso, tais métodos são utilizados não apenas para o planejamento familiar, mas também oferecem benefícios físicos, como possibilidade na redução do sangramento e controle do ciclo menstrual, por exemplo.

QUEM PODE INDICAR O MELHOR MÉTODO CONTRACEPTIVO?

A Dra. Joyce é ginecologista e possui o atendimento voltado à mulheres na idade reprodutiva, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento de diversas condições ginecológicas. Além disso, é especialista e atende diversas mulheres que buscam um método contraceptivo e o poder de escolha.

Dra Joyce e inserção de DIU

A Dra. Joyce irá te avaliar desde a anamnese, com perguntas gerais e específicas sobre seu desejo, estilo de vida, problemas de saúde e história familiar. Depois irá realizar o exame físico, podendo realizar também exames de acordo com a necessidade, mantendo sua rotina ginecológica em dia. 

Posteriormente, juntas, vocês irão discutir sobre os métodos contraceptivos disponíveis e qual se encaixa melhor para você, suas vontades e o seu cotidiano.

Formada pela Universidade do Vale do Sapucaí em Pouso Alegre – MG, realizou sua residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Instituto Materno-Infantil (Hospital Vila da Serra) em Nova Lima-MG e possui o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo.

Se você deseja iniciar um novo método ou trocar o que você utiliza, ou até mesmo conhecer quais métodos estão disponíveis atualmente, agende a sua consulta! Segue abaixo, algumas avaliações de pacientes que passaram pela consulta com a Dra. Joyce. Veja o que elas tem para dizer:

comentário inserção de implante subdérmico contraceptivo

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: DIVERSIDADE DE OPÇÕES

  • Pílula anticoncepcional hormonal combinada
  • Pílula de progesterona
  • Anel vaginal
  • Adesivo 
  • Dispositivo intrauterino não hormonal (cobre ou cobre com prata)
  • Dispositivo intrauterino hormonal (sistema intrauterino de Levonorgestrel)
  • Implante contraceptivo
  • Laqueadura tubária – método definitivo e cirúrgico.

Atualmente podemos dividir estes métodos acima entre métodos de curta e de longa duração, sendo estes últimos, uma das principais intervenções para redução de gestações não planejadas pela sua maior efetividade e taxas de gravidez menores que 1%, independente da motivação da paciente. 

O ÍNDICE DE PEARL: COMO MEDIR A EFETIVIDADE DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS?

O Índice de Pearl é um parâmetro utilizado para medir a eficácia dos métodos contraceptivos. Ele indica o número de gravidezes que ocorreriam a cada 100 mulheres que usassem um método durante um ano. Quanto menor o Índice de Pearl, maior a eficácia do método. Por exemplo, os LARCs possuem um índice extremamente baixo, o que significa uma chance mínima de falha.

  • Implante subdérmico: 0,05 (0,5 gravidezes em cada 1000 usuárias por ano)
  • DIU de cobre: 0,6 (6 gravidezes em cada 1000 usuárias por ano)
  • Pílulas anticoncepcionais: cerca de 9 (9 gravidezes a cada 100 mulheres por ano com uso típico)

MAS AFINAL, QUAIS SÃO OS MÉTODOS DE LONGA DURAÇÃO E QUAL O MOTIVO DESTE NOME?

Os métodos contraceptivos reversíveis de longa ação, também chamados de LARC (Long Action Reversible Contraceptive), são aqueles que possuem duração contraceptiva igual ou maior a três anos. Eles são: dispositivos intrauterinos (DIU de cobre e sistema intrauterino de levonorgestrel) e implante contraceptivo.

Os LARCs são recomendados para todas as mulheres com desejo de contracepção em diversas fases da vida, incluindo as adolescentes, pacientes que nunca engravidaram, pós parto ou pós aborto, comorbidades que possuem contraindicação ao hormônio estrogênio e aquelas com dificuldade em fazer uso correto ou típico dos métodos de curta duração. 

Com eles a mulher possui a liberdade de planejar o futuro com uma segurança maior e, se concentrar em outros aspectos da sua vida como a carreira profissional ou objetivos pessoais sem a preocupação diária com o método. 

DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS (DIUs) NÃO HORMONAIS:

Os dispositivos intrauterinos (DIUs) não hormonais são os mais conhecidos e mais utilizados em todo o mundo, devido principalmente à sua ampla disponibilidade e menores contraindicações. O principal exemplo deles é o DIU TCu-380, mais conhecido como DIU de cobre, que possui durabilidade de 10 anos e índice de Pearl muito baixo (6 em cada 1000 usuárias irão engravidar em um ano, com o uso “perfeito”).

O seu mecanismo é ação é através da alteração da motilidade e à diminuição da sobrevivência dos espermatozóides devido ao muco cervical com altas concentrações de cobre e fatores inflamatórios na cavidade uterina reduzindo drasticamente a probabilidade de fertilização. 

Vantagens:

  • Pode ser inserido em adolescentes e adultas, fora ou no pós-parto imediato, após o puerpério e durante a amamentação.
  • Efeito prolongado de 10 anos
  • Pode ser retirado a qualquer momento
  • Possibilidade de retornar à gravidez rapidamente, após retirado
  • Não possui hormônios
  • Reduz risco de câncer de endométrio (camada mais interna do útero)

Desvantagens: 

  • Pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas (principalmente nos primeiros 6 meses de uso, chamado período de adaptação)
  • Risco de expulsão (principalmente no primeiro mês após a inserção)
  • Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis

DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS (DIUs) HORMONAIS (SISTEMA INTRAUTERINO LIBERADOR DE LEVONORGESTREL ou SIU-LNG):

O SIU-LNG possui dois exemplos e seu mecanismo de ação ocorre através:

  • Alteração do muco cervical, deixando-o mais espesso e hostil ao espermatozoide
  • Alta concentração do Levonorgestrel na camada interna do útero (endométrio), impedindo sua proliferação e atividade

Vantagens do DIU Hormonal:

      • Alívio das cólicas e redução do fluxo menstrual.
      • Mantém a produção de estrogênio, mantendo uma boa lubrificação vaginal  
      • Alta eficácia, com Índice de Pearl de 0,1, ou seja, 1 em cada 1000 irão engravidar em um ano
      • Pode ser utilizado como método contraceptivo de emergência.
      • No Brasil, possui duração de 5 anos.
      • Alta taxa de satisfação pelas pacientes.

      Desvantagens:

      • Pode causar irregularidade menstrual nos primeiros meses de uso.
      • Também não protege contra DSTs.

      O SIU-LNG primeiramente lançado possui um reservatório de 52 mg de levonorgestrel (hormônio: progesterona) com liberação de 10 mcg por dia. Após 15 minutos aproximadamente da sua inserção, o Levonorgestrel já se encontra circulando no sistema sanguíneo, podendo ser usado até mesmo como método contraceptivo de emergência.

      Em um estudo realizado em 2016 mostrou segurança e eficácia por 07 anos e em 2022, o FDA (Food and Drug Administration) nos Estado Unidos, aprovou o uso por 8 anos. Porém, no Brasil, o seu uso ainda é recomendado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por até 5 anos.

      Sua principal ação é causando a atrofia endometrial, consequentemente levando à amenorreia e/ou oligomenorreia (suspensão ou redução do sangramento vaginal). Desta forma é indicado também para tratamentos como prevenção de anemia por sangramento uterino anormal devido miomas uterinos (que não distorcem a cavidade uterina), endometriose, adenomiose e hiperplasia endometrial.

      Em 2017 foi lançada um modelo que chegou ao Brasil em 2020, o SIU-LNG com menor lançamento hormonal diário de 12 mcg. A recomendação do fabricante é para uso exclusivo de contracepção, indicado principalmente para mulheres que nunca engravidaram e adultas jovens, devido seu tamanho e do seu insertor menor. Apesar disso, o efeito no padrão de sangramento associado ao controle das cólicas também é observado.

      IMPLANTE SUBDÉRMICO CONTRACEPTIVO:

      Consiste em uma haste de plástico de 4 cm de comprimento e 2 mm de espessura, que contém 68 mg de um metabólito ativo do desogestrel (progesterona) com liberação contínua e inserção na subderme. No Brasil, o único implante aprovado pela ANVISA é o Implanon.

      Dentre os métodos contraceptivos, é ele que detém a maior taxa de eficácia com um Índice de Pearl de 0,05, ou seja, apenas 5 mulheres em cada 10.000 engravidam. Possui uma eficácia maior do que a laqueadura tubária, por exemplo, que é um método cirúrgico considerado definitivo.

      A ação do implante contraceptivo subdérmico consiste na inibição da ovulação e alterações no muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides. Ele também gera alterações no endométrio, tornando-o menos suscetível à nidação.

      Após a sua retirada, em menos de sete dias, a maioria das pacientes já apresentam retorno da ovulação.

      Vantagens:

      • Alta eficácia e duração de 3 anos
      • Inserção menos invasiva 
      • Quase imperceptível no braço
      • Redução das cólicas e do fluxo menstrual
      • Menos contraindicações que métodos com estrogênio e progesterona

      Desvantagens:

      • Custo mais elevado
      • Necessidade de inserção e remoção pelo médico
      • Irregularidades menstruais (pequenos sangramento não planejados) no primeiros meses de uso

      O MÉTODO IDEAL PARA VOCÊ:

      O DIU e o implante subdérmico são excelentes opções para mulheres que buscam conveniência, eficácia e segurança na contracepção. Cada método tem suas vantagens e considerações, por isso, a melhor opção deve ser discutida com seu médico, levando em conta seu estilo de vida, histórico de saúde e preferências pessoais.

      A Dra. Joyce é especialista em ginecologia e obstetrícia e pode ajudá-la a decidir qual é o método contraceptivo mais adequado para você. Durante a consulta, considerando suas necessidades individuais, ela te ajudará a garantir uma decisão informada e personalizada.

      Os métodos contraceptivos surgiram para trazer mais autonomia e o poder de decisão à mulher. Se você deseja saber ainda mais sobre estes ou outros métodos e qual deles mais se enquadra no seu dia-a-dia, agende sua consulta clicando no botão abaixo!

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